O PIX é um sistema de pagamento eletrônico brasileiro que foi lançado em 16 de novembro de 2020. Ele foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil como uma resposta à crescente demanda por pagamentos digitais rápidos, seguros e convenientes. A palavra "PIX" é derivada de "pixel", que representa a menor unidade de uma imagem digital, simbolizando a ideia de pequenas transações financeiras.
A motivação por trás do desenvolvimento do PIX inclui diversos objetivos, como a redução da dependência de dinheiro em espécie, a promoção da inclusão financeira, a melhoria da eficiência nos pagamentos e a redução dos custos das transações para pessoas e empresas. O PIX foi projetado para permitir pagamentos instantâneos 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo fins de semana e feriados.
Apesar de seguro, o sistema acabou atraindo a atenção de golpistas que, se aproveitando da facilidade do mecanismo, orientam pessoas mais humildes e propícias a cair no engano a realizar operações ilegais.
Entre os golpes mais comuns, podemos citar três:
1 - O primeiro consiste em criar um perfil falso no Whatsapp (ou outra rede social) com alguma foto de um parente ou conhecido da vítima que supostamente estaria entrando em contato alegando que "seu aplicativo do banco está com problemas ou o caixa eletrônico não está efetuando saques e se teria como a vítima fazer um pix na conta de um amigo, pois ele precisaria urgente desse dinheiro". A vítima acreditando ser o parente, envia o PIX na conta do golpista, que em seguida some das redes.
2 - No segundo, os criminosos pedem depósitos pequenos e prometem vantagens financeiras através de perfis falsos. Os golpistas pedem para a pessoa depositar uma quantia pequena em troca de receber valores altos. Muitas vezes, o lucro prometido é até 20 vezes maior.
3 - No terceiro, acontece geralmente na venda de carros ou imóveis, em uma trama bem mais complicada que as duas acima. Ocorre quando uma pessoa que está vendendo um carro ou imóvel (ou qualquer outro item) na internet é convencida pelo golpista a retirar o anúncio sob o pretexto de que este vai comprar o bem. A vítima, acreditando ter vendido, retira o anúncio da Internet e logo em seguida o criminoso anuncia o mesmo bem a um preço bem mais baixo, atraindo outra vítima. Então, o golpista combina com as duas vítimas um local de encontro e informa o suposto comprador a chave PIX pela qual ele deve realizar o pagamento, assim como pergunta ao vendedor qual chave ele deve realizar o pagamento. Ambas as vítimas se encontram no local, onde acabam efetivando a transação, mas quem recebe o dinheiro é o golpista que informou a chave PIX errada ao comprador. Este golpe é reforçado com um enredo falso familiar, para convencer tanto comprador quanto vendedor a não ficarem discutindo ou conversando muito sobre a negociação no encontro, por exemplo: "quem vai no encontro é um primo meu, mas não fala nada com ele, porque ele é safado. Tudo o que a gente combinou já está certo, não precisa ficar perguntando valor, chave PIX, etc". Assim, no encontro, o comprador efetua a transferência à chave PIX informada pelo criminoso sem perguntar ao vendedor a verdadeira chave PIX e valor.
Em todos os casos, a vítima deve procurar uma delegacia e efetuar um boletim de ocorrência. Também é aconselhável procurar um advogado e entrar com ação judicial para tentar reaver o dinheiro. Como muitas vezes a conta não é do golpista em si, mas de um laranja, uma ação judicial ajuda a envolver as instituições bancárias no rastreio do dinheiro.
A instituição financeira ficará responsável por utilizar o Mecanismo Especial de Devolução do Pix para informar o banco do golpista de que a operação se trata de uma fraude, bloqueando os recursos. Os bancos terão um prazo de até uma semana para validar a reclamação, e se for confirmado que houve uma fraude, o dinheiro será devolvido diretamente para a conta da vítima.
Entre em contato conosco se deseja mais informações sobre esse tipo de golpe, clicando aqui.